quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Universidade de Coimbra começa migração para gvSIG

Noticia divulgada pelo gvSIG News Office
Os tempos, como os ventos, são de mudança. Na sequência dos constrangimentos orçamentais que nos últimos anos têm vindo a ser impostos às universidades portuguesas, chegando mesmo a por em causa a garantia de condições mínimas para um funcionamento digno, a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra iniciou, no presente ano letivo, um processo de migração lúcida e consistente para software SIG de código aberto.

Numa conduta pioneira e, por isso arrojada, no ensino oficial de SIG a nível superior, este pequeno (grande) passo permitirá abrir novos horizontes no sentido da verdadeira democratização do ensino, sem amarras contratuais a licenças (aditivas) que perdem validade ao fim de um ano e convidam a renovações onerosas, e incontornáveis.

Um "Ensino Livre" não faz sentido se não fizer apelo a Software Livre. E se existe, deveria ter força de Lei. Veja-se o exemplo vindo do Brasil ao nível do ensino superior e da administração territorial. Não é coincidência! Estamos perante um país que revela uma pujança económica assinalável que tem vindo a espantar o mundo, onde se impôs de modo regulamentado a utilização de software livre nas várias instâncias de ensino e utilização, das universidades às instituições que, direta ou indiretamente, intervêm na gestão e administração territorial.


Se, nas primeiras, se formam os profissionais/técnicos, nas referidas instituições impôs-se o uso de software de código aberto, ou seja, um convite às próprias universidades para assim direcionarem e incentivarem a formação dos seus estudantes, com enormes vantagens para todos, inclusive ao nível da redução de custos de funcionamento das universidades.


Ao iniciar um processo de migração de software SIG proprietário para gvSIG (software de código aberto) na lecionação da cadeira de Sistemas de Informação Geográfica, o exemplo do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra vem demonstrar que é possível "fazer igual, gastando muito menos". Ao mesmo tempo que se reduzem custos, ensinam-se a ética e deontologia de Bentham aos estudantes, ao desincentivar a instalação (ilícita) de software não genuíno, para além de ficar implícito o convite às instituições ligadas à administração territorial para acompanharem este processo, com vantagens evidentes. E se o exemplo, diz-se, vem de cima, pois que os futuros Professores e Técnicos de Geografia licenciados pela Universidade de Coimbra repliquem "n" vezes, estes valiosos ensinamentos nas instituições de ensino secundário portuguesas e outras instituições de potencial acolhimento dos referidos técnicos. Por um Ensino livre, de verdade!

E assim comprova-se que a crise também faz acontecer coisas boas!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

QGIS Plugins




O QGIS é uma aplicação SIG Open Source orientada para a modularidade, logo esta permite incorporar várias extensões (plugins ou complementos), que aumentam e estendem a aplicação com serviços e funções específicas.

Por vezes algumas destas extensões são de tal forma importantes que acabam por ser incorporadas por defeito nas versões seguintes do programa.
Um exemplo é o conjunto de ferramentas de análise e geoprocessamento chamada “FTOOLS” que a partir da versão 1.1 de QGIS passou de plugin desenvolvido por terceiros para plugin “core”, sendo agora o menu “Vector”.

Existem dois tipos de plugins diferenciados pelo tipo de linguagem usada para os programar: plugins em pyhton e plugins em C++. Os primeiros podem ser instalados muito comodamente através do “plugin installer”, enquanto que os segundos precisam sempre de ser instalados manualmente ou através de um installer/processo próprio.

A grande maioria dos plugins para QGIS são em Python, uma vez que se trata de uma linguagem de programação que permite um desenvolvimento simples e rápido.  Assim vamos falar em como "usar" e instalar este tipo de plugins.


A primeira operação a fazer é entrar no menu “plugins → manage plugins”. Aqui é possível ativar ou desativar os plugins que se encontram instalados. Se é a primeira vez que tem contacto com os plugins, neste momento apenas tem disponíveis os plugins nativos do QGIS, isto é aqueles que são instalados por defeito, aconselho a ativá-los a todos. Para utilizar as extensões do QGIS deverá ativar o Plugin Installer.

Ao activar o Plugin Installer, no menu “plugins” irá aparecer a opção “Fetch python plugins”.

Abrimos o ”Fetch python plugins” (ou Plugin Installer):
 
◦ o plugin installer irá ligar-se a um (ou mais, dependendo das configurações utilizadas) servidores para verificar a disponibilidade de plugins novos e de atualizações daqueles que já estão instalados;

◦ no separador “repositories” podem ser verificadas as conexões aos servidores. Por defeito apenas existem as ligações oficiais, por isso aconselho a carregar no botão “add 3rd party repositories”, que irá acrescentar ao plugin installer uma longa lista de servidores de onde é possível descarregar plugins;

◦ no separador “plugins” verificamos se existem actualizações para os plugins e/ou plugins novos, que eventualmente iremos instalar, carregando no botão “Install/Upgrade Plugin”;
 
◦ se tiver efectuado alguma actualização de Plugin deverá reiniciar o programa para ver o efeito dessa operação;
 
◦ no separador “options” aconselho seleccionar “show all plugins, even those marked as experimetal” e definir a frequência com a qual será verificada a presença de novos plugins ou de actualizações. Dependendo da frequência de utilização do QGIS seleccionar uma vez por semana ou uma vez por dia.

◦ Com as configurações aconselhadas verifica-se como de facto, no separador “plugins”, a lista de extensões disponíveis se alargou consideravelmente.
 
◦ Pode então experimentar instalar alguns plugins: por exemplo OpenLayers Plugin, PostGIS Manager, autosave, MMQGIS, CadTools, Table Manager. Na instalação de plugins devemos ter o cuidado de verificar na sua descrição se há a necessidade de alguma biblioteca software adicional. Nestes casos a instalação do plugin irá falhar caso essa biblioteca não esteja instalada. (Nota: Se instalou o QGIS através do installer OSGEO4W deverá procurar a biblioteca/software em falta, através do mesmo installer, na secção “libs”. Sei que ainda não falei na instalação do QGIS, mas será um dos próximos temas a abordar).

 

As extensões tanto podem adicionar uma ferramenta na barra de ferramentas Plugins, como uma entrada no menu Plugins, ou até mesmo criar um novo menu.
Os itens do menu Plugins estão organizados por submenus, uma vez que algumas extensões ou categorias de extensões têm várias ferramentas.
Para usar uma extensão, pode clicar na ferramenta na barra de ferramentas ou usar o menu.